EXCLUSIVO: De frente com o Lu

Depois que foi postada, em primeira mão, aqui no Vittrine Social, a nota “Bancada incompleta”, sobre o fim da atuação jornalística de Lu Pereira na imprensa da cidade, após 15 anos de grande sucesso; o celular dele não parou de tocar. Lu, então, entrou em contato com o blog para comentar a notícia. Foi quando realizamos um bate-bola exclusivo, que você confere aqui, sem cortes.

Vittrine: A nota é verdadeira, não é!?

Lu: Claro que sim. Só não sei como conseguiram essa informação antes de todos (risos).

Vittrine: Então, conte tudo...

Lu: Olha, realmente eu meu desliguei, oficialmente nessa semana, da Espacial FM, onde apresentava o programa “Bastidores” e assinava coluna de mesmo nome no JC Notícias, site de notícias da rádio. Foi duro, pois adorava fazer os dois, mas foi preciso.

Vitrine: Por quê?

Lu: Vocês já saíram na frente! Não sei suas fontes. Mas acertaram. A verdade é que já estou na assessoria do deputado Antônio Júlio há muitos anos. No início de 2009, me dediquei mais intensamente na comunicação do escritório regional, em Pará de Minas, o que deu um resultado super positivo. Em abril desse ano, o deputado me escalou para comandar esse processo da Assembleia, aqui em Belo Horizonte; também devido às eleições. Aceitei o desafio e fizemos um excelente trabalho junto de toda a equipe, que acho que deu muito certo. Durante as eleições, me afastei da rádio e comecei a encarar o trabalho de uma assessoria de imprensa como ele deve ser. Para você ter um canal aberto com todos os meios de comunicação, fazendo a ponte entre eles e o deputado, você precisa ter isenção e ética. E eu me identifico mais com esse ramo da comunicação, o de assessoria, o que me fez escolher continuar na Assembleia. Mas a Espacial está no meu coração...

Vittrine: A vitória do deputado Antônio Júlio, conquistando o sexto mandato, foi um reflexo de um bom trabalho, principalmente no momento em que ele volta a ser majoritário na cidade, com uma votação expressiva?

Lu: Realmente foi um trabalho positivo. De equipe. De união. Acho que foi mais profissionalizado em todos os sentidos. Isso reflete muito e dá tranqüilidade ao deputado como candidato, de fazer campanha, contatos políticos. E o deputado Antônio Júlio vive um importante momento político, especialmente, em Pará de Minas. Vejo um maior reconhecimento da população ao seu mais tradicional líder. Político tem que ter história de vida. Tem quer ter currículo. Tem que ter personalidade, compromisso e passado limpo. Ele tem. Por isso sempre foi reeleito. Cada vez com mais e mais votos. Não é fácil isso. Tem todo um desgaste que a própria política impõe. Mas com ele isso não ocorre. È o inverso.

Vittrine: Você tem pretensões políticas? Toparia, por exemplo, se candidatar a vereador?

Lu: Amo a política. Circulo com facilidade por seus bastidores. Uma candidatura futura seria um grande desafio. Por enquanto, não está em meus planos. Mas desafios são sempre bons na nossa vida...

Vittrine: E a badalação? Foram anos de colunismo social. Inclusive você comemorou 15 anos de coluna com super festa na Girus esse ano...

Lu: Pois é. Não vai ser fácil. Mas foi uma escolha. Estou vivendo um momento de amadurecimento profissional. E escolhi esse caminho. Acho que contribui muito com a imprensa de Pará de Minas e também com toda população, sempre passando informações importantes, sem esquecer do entretenimento e da badalação. São 15 anos de muita história, muita emoção e muita informação. Mas estarei sempre por aqui. Durante todo esse trabalho, construí um importante círculo de amigos nas mais variadas camadas sociais da cidade e região. Isso a gente não perde.

Em sua ultima festa, Lu Pereira com a socialite Maria Amelia Vargas Capanema, quando comemorou 15 anos de Jornalismo na Girus.

Vittrine: Daria um livro...

Lu: Por que não!? (risos). Tem muita historia pra contar... (mais risos).

Vittrine: Picantes?

Lu: Digamos, diversas! Em todos os sentidos...

Vittrine: Você já evidenciou, em entrevistas, sua opinião sobre as mudanças no colunismo social brasileiro. Inclusive, você se considera um dos percussores dessa modernização da coluna social em Pará de Minas. Pra você, qual é o perfil da boa crônica social de hoje?

Lu: Olha, a coluna social, realmente, passou por várias transformações. Foi mais uma adequação às mudanças no jornalismo. Antes, os personagens das colunas eram destacados pelo sobrenome, poder e dinheiro. Eram esses os principais critérios para estar em evidência social. Isso mudou muito nos grandes jornais a partir dos anos 90, quando o dinheiro foi mudando de mão e jornalistas foram assumindo papéis antes só reservados aos colunistas tradicionais. As colunas passaram a assumir um perfil mais informativo, crítico e analítico. Com isso, novos personagens foram surgindo. Artistas, intelectuais, políticos, escritores, novos ricos e empresários, gente de moda, cultura e famosos começaram a dividir espaço com os socialites nas colunas sociais. Em Pará de Minas, acompanhei essa modernização, o que fez muito sucesso e abriu a sociedade, antes mais fechada e tradicional. A coluna social não pode perder seu brilho e glamour, mas tem que ser inteligente e informativa. Seu blog se encaixa perfeitamente nesse conceito.

Vittrine: Tem certeza que não mais atuará na nossa imprensa?

Lu: Não disse isso. É apenas um momento em que assumo um dos braços do jornalismo que é a assessoria. Mas não se pode fechar as portas. E continuarei a escrever para o JC, através do blog, que, inclusive, é aberto a todos. Mas serão artigos, comentários, opiniões.

Vittrine: Como você vê a imprensa patafufa?

Lu: Forte e atuante. Temos excelentes profissionais, que levam notícia séria à população. Mas ainda acho que existe certo “bairrismo”. Isso é coisa de mineiro. A grande imprensa de Minas também é um pouco “bairrista”. Mas já foi pior.

Vittrine: Bairrista!?

Lu: É. Uma parte ainda é. Essa defesa contínua de pautas com temas locais, sem um parâmetro mais externo. Falta certa nacionalização... e também um amadurecimento em seu jornalismo político.

Vittrine: E os eventos? Muitos levaram seu nome. Continuarão?

Lu: Tenho planos sim para isso. Tenho ótimos parceiros aqui e já estamos pensando em algo. Mas por enquanto, nada a revelar.

Vittrine: Legal, Lu! Não mais colunista, mais sempre colunável, não é!?

Lu: (Risos). Você é ótimo! Estarei sempre por aqui! Pode ter certeza, Rodrigo. Vou trabalhar em plena sintonia com a nossa imprensa, que muito admiro. Uma coisa que deve pautar a nossa vida é a personalidade. A minha continuará a mesma. E sempre com muita diversão, alto astral e, claro, surpresas!

Vittrine: Sobre o blog?

Lu: Com já te disse, está bárbaro! Informativo, com linguagem moderna e inteligente. Está também abrangente, com muitas fontes e personagens. O ti ti ti em torno desse espaço está crescendo aceleradamente. E vale o aviso: quando mais se atualiza a internet, mas ela tem seguidores. As pessoas procuram a internet em busca de novidade a toda hora. Não pode parar! Sucesso sempre!