quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Look-Calvin Klein



Peças simples, sóbrias, fluídas e essencialmente confortáveis, mas sem abrir mão de tecidos refinados, qualidade no acabamento e construção sofisticada. Um visual totalmente casula chique. Campanhas sexys, originais e polêmicas onde modelos mostram seus corpos em poses sensuais e provocativas. A marca CALVIN KLEIN é sinônimo de chique, casual, sensual, e provocante, conquistando um lugar de destaque no panteão do universo fashion.
O estilista Calvin Richard Klein nasceu no dia 19 de novembro de 1942 no tradicional bairro do Bronx em Nova York e desde criança sempre foi apaixonado por moda, acompanhando sua mãe nas compras de roupas. Ainda menino, aprendeu sozinho a desenhar e a costurar. Seu autodidatismo lhe rendeu bolsas de estudo na New York High School of Art and Design (escola secundária especializada em arte) e no Fashion Institute of Technology, conhecido como FIT, uma das maiores instituições de ensino superior de moda dos Estados Unidos, em que se formou em 1962. Depois de trabalhar como aprendiz em uma loja de casacos, ele e seu amigo de infância, Barry Schwartz, com US$ 10 mil de capital, lançaram sua primeira coleção masculina e feminina de paletós, casacos e capas em 1968. Surgia a marca CALVIN KLEIN. A combinação do talento de designer de Klein e a grande percepção administrativa de Schwartz, logo chamaram a atenção do mundo glamoroso da moda. O primeiro grande sucesso surgiu quase imediatamente, ao chamar a atenção do presidente da loja de departamento Bonwit Teller que, impressionado com o estilo minimalista do jovem designer, proporcionou-lhe uma enorme encomenda no valor de US$ 50.000, uma quantia bastante significativa para a época, principalmente se considerar que Calvin Klein ainda era um ilustre desconhecido. O executivo o viu empurrando uma arara de roupas pelo corredor e, fascinado, fechou o negócio.
O maior reconhecimento viria em 1973, quando o estilista entrou para a história do mundo da moda ao receber o prestigiado prêmio Coty Award, o qual viria a receber novamente em 1974 e 1975. Pouco depois, lançava uma coleção de roupas esportivas femininas, seguida de outras coleções voltadas para o público feminino. As linhas clássicas e suaves começaram a aparecer em coleções sportswear, com japonas, suéteres de gola rolê e calças estreitas. No final dessa década o nome CALVIN KLEIN começou a ser reconhecido no mundo todo, especialmente depois do lançamento de sua coleção de calças jeans por preços acessíveis, estrelada por uma campanha comercial em que a jovem Brooks Shields era a personagem. Foi o primeiro estilista a colocar o jeans na passarela, provocando os mais conservadores. Mesmo assim foi seguido pelos demais estilistas da época e o jeans definitivamente conquistou espaço na sociedade. Nesta época, com a sobriedade como sua marca registrada, caminhou para uma criação mais sofisticada, utilizando tecidos como a seda, o crepe, linhos e lãs, para criar roupas de linha alongada, de ombros estruturados, sempre respeitando os conceitos de harmonia de proporções.
Na década de 80 a grife resolveu diversificar seus produtos com o lançamento de coleções de roupas íntimas e perfumes que fariam enorme sucesso junto ao público. Outra tendência internacional dos anos 90 seguida à risca por Calvin Klein foi a criação de uma marca alternativa, a cK CALVIN KLEIN, que representa uma versão jovem, urbana e colorida das linhas de roupas masculinas, femininas e de acessórios da marca. Nesta década marca possuía 6 lojas nos Estados Unidos, e outras espalhadas em vários países como Espanha, Japão, França, Suíça e Cingapura.
Em fevereiro de 2003, seguindo a tendência das grandes casas de moda e dos produtos de luxo internacionais, Calvin Klein vendeu a marca para o grupo norte-americano Philips-Van Heusen (PVH) por US$ 438 milhões em dinheiro, além de US$ 30 milhões em ações e participação nas vendas até 2018, mas continuou trabalhando como consultor de criação. Meses depois, contratou o brasileiro Francisco Costa e o italiano Ítalo Zucchelli para desenhar, respectivamente, as coleções feminina e masculina. Embora pouco conhecido no Brasil e no mundo, o mineiro Francisco Costa, já tinha no currículo passagens pelas maisons Oscar de la Renta e Gucci antes de assumir o desafio. Sua coleção de estréia, em setembro, acumulou elogios da imprensa internacional. Em agosto de 2004, enquanto Costa preparava mais uma elogiadíssima participação na semana de moda de Nova Iorque, Calvin Klein circulava tranqüilamente de bermudão e sandálias Havaianas pela praia de Ipanema, entre uma das muitas vindas recentes ao Brasil, especialmente ao Rio de Janeiro.

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